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| NOTA DE REPÚDIO: MORTE DE ANTÔNIO MARCOS NA UPA DO GAMA |

| NOTA DE REPÚDIO: MORTE DE ANTÔNIO MARCOS NA UPA DO GAMA |


| NOTA DE REPÚDIO: MORTE DE ANTÔNIO MARCOS NA UPA DO GAMA |

CRP 01/DF repudia conjuntura da morte de homem em crise

O Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal, por meio de sua Comissão Especial de Direitos Humanos, Saúde Mental e Políticas Sociais, vem a público repudiar as circunstâncias do falecimento de Antônio Marcos, um homem de 33 anos que morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama, no Distrito Federal, após ter um surto psicótico. 

Em imagens gravadas por testemunhas, é possível ver Antônio Marcos deitado com rosto e corpo voltados para a maca dos bombeiros; ele está amarrado com os braços para trás e a cabeça para baixo. Como de costume, tais abordagens truculentas de contenção são justificadas pela "agitação psicomotora" e "extrema agressividade" atribuídas à pessoa em violação de direitos. É em nome da "segurança do paciente", da equipe e demais pessoas envolvidas que o Estado justifica as ações de seus agentes. No entanto, Antônio Marcos perdeu a vida.

O caso de Antônio Marcos ecoa a recente morte de outro homem, Genivaldo Santos, que, com histórico de sofrimento psíquico grave, foi morto por asfixia dentro de um camburão da Polícia Rodoviária Federal, no estado do Sergipe. Proximidades entre os casos revelam o projeto do Estado brasileiro atual com relação à chamada “loucura": silenciamento, contenção, prisão, isolamento e morte. 

São fatos reveladores da obscena semelhança entre os protocolos violentos de instituições responsáveis pela “segurança” e os protocolos das instituições responsáveis pela “saúde”. As instituições estatais servem à segurança e à saúde de quem?

O CRP 01/DF repudia o fato de um homem negro e em surto psicótico ser mantido amarrado e ter morrido dentro de um aparelho de saúde do Estado do nosso território. Que as circunstâncias desta morte sejam apuradas, e ações cabíveis, tomadas; e que a morte de Antônio Marcos nos instigue à tarefa, enquanto psicólogas, psicólogos e psicólogues, de enfrentar o profundo retrocesso civilizatório em curso.


Comissão Especial de Direitos Humanos, Saúde Mental e Políticas Sociais do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal

 



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