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EM REFERÊNCIA AO MÊS DA LUTA ANTIMANICOMIAL, EX-COORDENADORES DE SAÚDE MENTAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE FAZEM BALANÇO DAS GESTÕES E CONSTRUÇÕES SOCIAIS A PARTIR DA REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL

EM REFERÊNCIA AO MÊS DA LUTA ANTIMANICOMIAL, EX-COORDENADORES DE SAÚDE MENTAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE FAZEM BALANÇO DAS GESTÕES E CONSTRUÇÕES SOCIAIS A PARTIR DA REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL


Encontro foi promovido pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro >>> Para ver a lista completa de notícias, clique no botão "VER TODOS"
O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP 05/RJ) realizou um debate on-line no último sábado (23) para discutir o atual contexto das políticas de saúde mental no país a partir das reflexões de ex-coordenadores nacionais de Saúde Mental do Ministério da Saúde.
 
A abertura do debate ocorreu por meio de um vídeo enviado por Domingos Savio, coordenador de Saúde Mental nos anos de 1991, 1992, 1995 e 1996: “Nós estamos vivendo o pior 18 de Maio de nossa historia, mas temos vitórias importantes acumuladas nos últimos 30 anos”, observou dando destaque à queda expressiva no número de hospitais psiquiátricos no Brasil e o aumento gradual dos serviços substitutivos no período.
 
Em sua fala, o coordenador de Saúde Mental entre os anos de 1996 e 1998, Alfredo Schechtman, abordou o histórico de transformação do modelo asilar para o modelo de base comunitária no Brasil, ressaltando  também os desafios do contexto atual: “Estamos em um momento bastante difícil porque, agregado à pandemia que atinge todos os países, no nosso nós temos um governo que deixa todos com uma sensação de angústia sobre como vamos chegar ao fim desse período. Talvez por isso seja importante evocar o passado, com todos os percalços que tivemos até o presente, para examinar as experiências na historia da assistência em que, mesmo em momentos difíceis, profissionais e instituições tiveram o papel de protagonismo e transformação para alavancar a mudança”, pontuou.
 
A ex-coordenadora Ana Pitta, que esteve na função entre 1999 e 2000, chamou atenção para o compromisso ético-político da sociedade com um modelo de transformação institucional no campo da Saúde Mental: “Quero acreditar que a força dos movimentos sociais deverá liderar, em algum momento, esse processo. Não podemos suportar que o imaginário social seja permanentemente atravessado por lideranças que nos bloqueiam”, alertou.
 
Coordenador entre os anos de 2000 e 2010, Pedro Gabriel Delgado exaltou as conquistas do movimento antimanicomial: “Houve uma construção que não só conseguiu avançar na implementação de uma rede de mais de 3 mil serviços de saúde mental, se considerarmos residências terapêuticas, CAPS, unidades de acolhimento etc., todos públicos e ligados ao SUS e atendendo um número importante de usuários que não teriam atendimento se não houvesse essa rede construída com avanços regulares ao longo dos anos desde a Constituição de 1988 até, pelo menos, 2015”, avaliou.
 
Coordenador dos anos 2011 a 2015, Roberto Tykanori, por sua vez, observou que o atual quadro político brasileiro pode representar uma ameaça aos avanços das últimas décadas, mas destacou a força da rede que vem construída com a sensibilização da sociedade e empenho dos profissionais e militantes da luta antimanicomial: “O volume de atendimentos que a nossa rede oferece é muito significativo e relevante na vida da população e isso é uma coisa que não pode ser facilmente diminuída”, destacou na ocasião.
 
A mediação do debate foi feita pelo conselheiro do CRP 05/RJ e presidente do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Vasilenskas.
 


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